Sede IAB/DF + CAU/BR – Brasília-DF

Sede IAB/DF + CAU/BR

Brasília – DF – 2016

A arquitetura tem o potencial de educar as pessoas, mesmo quando elas não se dão conta disso. Cada experiência espacial do ser humano contribui para formar o seu modo de ver o mundo e construir a vida.

Vivenciando os espaços aprendemos a lidar com o tempo.

Espaços como os da nova sede do IAB/DF e CAU/BR tem o papel de inspirar as pessoas sobre a razão de existir dos edifícios e dos espaços públicos.

Mais que possuir forte caráter institucional, esses edifícios são construídos como espaços de encontro entre as pessoas e a arquitetura, entre o cidadão e os lugares apropriados da cidade.

Brasília foi idealizada levando em conta esses espaços gregários, onde os homens se reúnem e momentaneamente perdem sua individualidade, tendo assim a noção de que fazem parte de um grupo maior. Para os arquitetos, e também para as pessoas que não têm formação em arquitetura, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e o Instituto dos Arquitetos do Brasil representam essa ideia muito apropriadamente: pertencemos a uma coletividade, nos reconhecemos uns nos outros como seres humanos que têm afinidades e diferenças.

O edifício proposto foi idealizado pensando na associação entre um pátio e uma rua. Uma tentativa de definir um elemento arquitetônico e urbano ao mesmo tempo.

Um pátio linear para o qual convergem as atividades coletivas dos usuários. Um local onde a cultura institucional está refletida nas paredes, nos pisos e no teto. Mesmo que esse teto seja o céu da cidade.

Esse pátio linear organiza as funções do Centro Cultural, do Centro de Documentação, e do conforto de usuários. Ao redor dele se localizam a cafeteria, a loja, os serviços, o bar e o restaurante. Esse espaço se conforma a partir da construção de um embasamento, uma espécie de pódio sobre o qual está o espelho d’água.

Sobre esse embasamento pousa o volume superior que abriga o Conselho do CAU, os escritórios de IAB e CAU, além dos espaços corporativos. São dois pavimentos idênticos em área, um pertence ao CAUBR e o outro ao IABDF.

O subsolo abriga garagens, backstage do auditório, áreas técnicas e serviços.

Do ponto de vista urbano, sugere-se a possibilidade de conexão entre a via marginal da L2 Sul e a via aos fundos do lote, incrementando a permeabilidade urbana e reforçando assim o caráter democrático e republicano das instituições que o edifício abriga.

O edifício não tem excessos, não faz concessões, sua arquitetura é construída com os materiais desempenhando o papel que lhes cabe. Os vãos estruturais e a materialidade respondem ao programa de necessidades e são condizentes com a realidade orçamentária dos proprietários. O ritmo da fachada em brises, além de propiciar o conforto ambiental, constitui sua expressividade plástica.

Num país como o Brasil, especialmente nesse momento, um edifício institucional tem a importância de representar uma ideia de construção coletiva, de tolerância, de acolhimento. Nesse sentido, essa proposta se coloca como uma possibilidade de debater a cultura arquitetônica e o papel que ela tem para a construção da nossa sociedade.

O PROJETO

A EQUIPE

Autores
Arq. Emerson Vidigal
Arq. Eron Costin
Arq. Fabio Henrique Faria
Arq. João Gabriel Rosa
Arq. Martin Kaufer Goic

Colaboradores
Astrid Harumi Bueno
Felipe Sanquetta
Leonardo Venâncio
Marcelo Miotto
Mariana Steiner Gusmão

FICHA TÉCNICA

  • Área construída: 8.487,20 m²
  • Área do terreno: 5.007,00 m²

@ Estúdio41 Arquitetura. Design: 095
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